A parte técnica impede o Galo mineiro de quebar a sequencia de vitórias de seu algoz.
Leitor,
O primeiro jogo da decisão:
O primeiro embate mineiro na decisão surpreendeu a todos. Apesar da superioridade técnica do time azul, todos os analistas e torcedores sabiam que o super clássico seria completamente imprevisível e esperadamente bem disputado com um jogo tático acirrado em todos os quadrantes do campo.
Analisando as estratégias, o Atlético iniciou o jogo com quatro defensores, três cabeças de área, dois meias e apenas um atacante. O treinador renunciou o ataque ao isolar a sua esperança de gol, o habilidoso Diego Tardelli. Como o apoiador Lopes não consegue entrar em forma, o ataque ficou ainda mais debilitado e o time azul partiu sobre o rival com toda a sua força. A pressão era normal, pois sem resposta no ataque alvinegro, o jogo ficou com maior volume do lado cruzeirense.
Mesmo assim, o bom Diego Tardelli ainda levou perigo em dois lances.
No final da primeira etapa, recebendo pressão dos dois atacantes (Kéber e Tiago Ribeiro), dos meias (Wagner e Marquinhos Paraná alternando com Fabrício) e ainda dos dois laterais atacantes (Jonathan e Magrão), o primeiro gol foi inevitável, considerando a péssima atuação do três volantes que não conseguiam fazer cobertura dos laterais com eficiência. Inteligentemente, o técnico Adilson Batista colocou o arisco e velocista atacante Tiago Ribeiro nas costa do lateral esquerdo Junior. A falta de cobertura ali foi fundamental na criação das melhores jogadas do time estrelado.
Na segunda etapa, ao buscar o empate, o técnico Leão fragilizou mais ainda o meio campo com a entrada do atacante/garoto Kleber substituindo um meia. O Cruzeiro, ao contrário do que se esperava, voltou marcando sobre pressão a saida de bola do Galo.
Como os meias do Cruzeiro são habilidosos, tanto na marcação, como no apoio, o técnico cruzeirense adotou e adota sempre um estilo de jogo usando muito esses meias. O Time acaba tendo quatro atacantes quando utiliza os laterais e as bolas são cruzadas de uma lateral a outra, desmobilizando a defesa adversária. Os meias aparecem de surpresa fazendo o " dois contra um " nas laterais.
Existe uma sincronia. Dos quatro meias (Wagner, Fabrício, Paraná e Ramires), enquanto dois atacam juntamente com os dois atacantes e os dois laterais, os outros dois ficam para cobrir os laterais/alas. O Cruzeiro usa até seis jogadores no ataque.
Os times que conseguem superar o Cruzeiro, jogam com atacantes velozes nas costas dos laterais. Comprovadamente a cobertura dos meias aos alas é muito lenta e normalmente chegam sempre atrasados. Assim os adversários tem obtido sucesso com esta estratégia. No caso do Atlético, com pouca opção na frente, o uso deste modelo não era possível. A ausência do Éder Luiz foi decisiva no resultado.
A receita Atleticana seria continuar fechado na segunda etapa aguardando um cochilo cruzeirense para empatar. A estratégia do Leão, ao abrir o meio campo, foi fatal para o elástico placar do primeiro embate.
No segundo jogo da final as equipes vão priorizar outras competições, jogadores devem ser poupados e vai ficar apenas a disputa da honra entre os rivais para não perder.
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