Mais uma máxima está caindo por terra. É aquela em que o técnico não tem muita influência no resultado e lá dentro das quatro linhas os jogadores resolvem. Sempre achei que o técnico é fundamental. Alguns comentaristas e ídolos nacionais discordam.
Veja o Dorival como ajeita todos os times em que passa, Cruzeiro, Coritiba e Vasco. Veja o Ricardo Gomes como desajeita todos os times que dirige (o São Paulo nunca vai ganhar nada com ele e a sua queda é uma questão de tempo e de conservadorismo do time paulista), mesmo com esse elenco de ponta.
O Jorge Fossati que ainda não entendeu o tipo de jogo e as particularidades dos times brasileiros mesmo com o forte elenco do Inter está completamente perdido. Caso compreenda o futebol brasileiro antes de cair poderá ir adiante. Já imaginou um elenco desses nas mãos de Luxemburgo ou Adilson Batista?
Veja como o Andrade consegue blindar, motivar e unir o elenco rubro-negro diante de tantas trapalhadas, intrigas e valorização negativa da imprensa sobre os atos de seus atletas, ele nasceu na Gávea entende de futebol e tem sensibilidade. A consistência do Cruzeiro com a lucidez e seriedade do Adilson Batista é explícita.
Digo isso não levando em consideração apenas uma ou algumas partidas. É claro que lá dentro do campo os jogadores fazem jogadas que, pelas competências individuais, resolvem e constroem os resultados dos jogos. Estou tentando me aprofundar mais e fundamentar que a escolha dos jogadores certos para posições e esquemas bem definidos, bem como as estratégias de ataque e defesa construídos pelos técnicos fazem com que os jogadores decidam jogos, surpreendam adversários e atuem com sincronia e consistência.
Enfim, os jogadores são as rodas e o motor, o técnico vai sempre ser o motorista e o mecânico.
Consegue-se um futebol competitivo com um bom técnico e um elenco mediano (veja o Santo André, Botafogo e tantos outros), mas não se consegue o mesmo com um grande elenco e um técnico fraco.
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