Ótimo no primeiro tempo e péssimo no segundo. Esta foi a história do clássico.
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Leitor,
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Um primeiro tempo movimentadíssimo, com boas jogadas de gol e muitas alternativas.
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O segundo tempo foi de muita marcação dos dois times e um jogo de táticas, onde um técnico alterava a sua equipe e o outro adicionava um antídoto para anular os efeitos.
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Entra Marques para infernizar as extremidades e o antídoto Jonathan é colocado, bem descansado, no lugar do avançado Jadilson, para anular o atacante. O Paraná inverte a lateral para ficar mais plantado e impedir as entradas também do Castilho e depois do Almir.
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O Adilson poderia manter os laterais e segurar os meias para fazer a cobertura, no entanto, a preferência do técnico era não mexer no meio de campo, e sim, alterar as laterais colocando jogadores mais marcadores com pouco apoio ao ataque. Realmente o meio campo azul estava mandando no jogo e uma alteração de postura poderia comprometer e facilitar a ações alve-negras. Acertou o técnico.
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Como disse o Gallo a um amigo-jogador : "quero alterar a equipe e vencer o jogo, mas quando olho para o banco de reservas, nada posso fazer". Opções como Castilho e Rafael Aguiar são desanimadoras.
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Mesmo assim, o Gallo foi corajoso, entrou com vários atacantes, não tinha outra opção, pois o empate seria um péssimo resultado, Marques, Castilho, Almir e Danilinho tentaram impor um ritimo mais ofensivo, anulado pelas substituições defensivas do Adilson. O jogo então ficou no meio campo sem nenhuma jogada de gol durante, pelo menos, uns trinta minutos.
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O Cruzeiro com a péssima alteração do Magrão, que estava jogando mais como apoiador de lateral do que de meia atacante, em lugar do Seginho , outra decepção, ficou com pouca ofensividade.
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Mais uma vez o Ramires surpreendeu com duas penetrações rápidas. Na primeira em lançamento do Wagner o meia atacante não viu o Ramires. No segundo lançamento realizado pelo Fabrício, o gol saiu com um toque de classe e total descuido da zaga atleticana.
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Como o Galo estava jogando no ataque, e o Cruzeiro sem ataque, a defesa limitou-se a marcar o Rômulo, Wagner, Charles e Fabrício pela direita. Como a jogada já é ensaiada insistentemente na toca, o Ramires sai em disparada pelo lado oposto, nas costas dos zagueiros, e assim o lançamento é automático. O Meia foi de muita técnica e deu um toque antes de qualquer reação do goleiro Edson, desempatando o jogo.
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Antes do gol, e com as substituições do técnico cruzeirense preservando a defesa, a torcida estava efurecida e queria o time no ataque. Acho que para o Adilson, não tomar gol seria mais interessante do que fazer mais um.
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Quando o Levi Culpi dirigia um time no sul do País, ao entrar com jogadores contestados pela torcida, um fanático perto do alambrado o chamava repetidamente de burro, burro, burro. Logo depois das substituições, e alguns minutos antes do termino da partida, o jogador substituto faz o gol e o time de Levi vence o jogo.
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Na saída, o torcedor ainda sem engolir as substituições, coloca meio corpo sobre o alambrado, quando da passagem do Levi para o vestiário, e grita bem alto: você é um burro.... um burro com sorte!!!
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Acreditamos que o Adilson seria então, um teimoso com sorte!!!! Muita sorte!!!
O Gallo, com certeza, um insistente sem sorte!!! Realmente sem sorte!!!
O gol foi aos quarenta e seis minutos do segundo tempo.
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Emerson Souza