EMERSON ESPORTES- Futebol Mineiro -Nacional- uma visão diferente e mais analítica.

Comentários do analista de futebol, Emerson Souza, sobre os principais acontecimentos no esporte brasileiro e principalmente no mineiro.PÁGINA INICIAL com as matérias mais recentes: emersonesportes.blogspot.com

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O centenário do Galo


O técnico :
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A contratação do treinador Geninho foi correta. No centenário, o Atlético não poderia inventar e nem experimentar promessas. Os treinadores de ponta, sempre exigem bons jogadores no fechamento dos seus contratos. O galo mineiro, passando por um processo de reestruturação e desejando nos próximos anos um equilíbrio financeiro, não poderia trazer grandes nomes. Então, o Geninho reuniu os interesses que a diretoria precisava para o cargo. Um técnico experiente, que conhece o clube, com condições salariais bem inferiores ao do Leão e dos técnicos de ponta (que não são mais de quatro ou cinco), e que concordou em trabalhar com jogadores considerados médios e também da base.
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Como veio do Sport Clube do Recife, já estava acostumado com jogadores de nível médio/baixo e achou o elenco bom. Quando a imprensa o pressionou sobre os reforços, o técnico falava a língua da diretoria dizendo que outros jogadores do elenco poderiam atender as deficiências.
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Na verdade, quando a diretoria contrata um treinador, antes da assinatura do contrato, o clube coloca na mesa as suas possibilidades de contratação, o seu
planejamento em termos de elenco para temporada, as remunerações por conquistas etc. O Geninho passou pelo Goiás e não foi bem. Assumiu o Sport e recuperou um pouco o prestígio com a manutenção do clube na primeira divisão. Para o mercado, e pela impressão recente deixada no Goiás, o técnico não despertou tanto interesse e ficou um tempo sem grandes propostas. O Atlético foi inteligente e fechou o contrato.
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O elenco:
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O Time fez uma boa pré-temporada, e apesar de não ter contratado grandes reforços (entendo como reforço, jogador que tem a titularidade indiscutível), mesmo assim, trouxe alguns jogadores médios para compor o elenco e indiretamente reforçou a equipe com jogadores titulares que estavam no DM do próprio Atlético em processos de recuperação (Marinho, Rafael Miranda), o retorno do Coelho e jogadores promovidos como o Renan.
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O Souza foi mais uma contração da prudência financeira e de certa forma, se tiver mesmo com motivação e vontade para mostrar seu futebol, vai resolver o problema de armação com um custo baixo. No último ano, o time também tropeçou muito no início do mineiro e chegou até a freqüentar a zona de rebaixamento se recuperando depois. Não tenho dúvida que vai chegar com tranqüilidade às semifinais.
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Dos três clubes (Ipatinga, Vila Nova e Tupi), que poderiam atrapalhar Atlético e Cruzeiro, dois ( Ipatinga e Vila Nova), não começaram bem. Acho que a contratação do Marques, mesmo que tenha um caráter de identificação com o clube e até um ar de romantismo, era perfeitamente dispensável. O Atlético não pode se dar ao luxo de manter vários jogadores para a mesma posição, como está fazendo o Fluminense, quando em outras, existe a carência. A fase do galo é gastar o que pode em contratações corretas, tendo em vista as condições financeiras atuais. Muitos atleticanos não vão concordar, mas esta contratação só se justificaria em caso de negociação do atacante Éder Luís. O cruzeiro procura um velocista que joga pelas pontas e não encontra.
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O Atlético, com a contração do Marques, tem agora, três pontas velocista (o próprio Marques, Éder Luis e Danilinho), e sem um bom camisa 10 organizador. O Souza ainda esta em recuperação física. Acho que vai vingar. Com a contratação de Souza, o galo encerra a polêmica sobre o camisa 10 e o correto seria a contratação urgente de um homem de área (o Marinho quase não jogou no ano passado e é uma incógnita, não dá para confiar). Já imaginaram ter que entregar a camisa 09 para o Wanderlei durante 04,05 ou 06 jogos, ou ao Eduardo, ou ainda, ao Marcelo Nicácio, caso o Marinho volte ao departamento médico. Com um outro bom jogador na posição, o revezamento com o Marinho pouparia o próprio, em vista de sua deficiência muscular. Com a contratação do Marques, até o Geninho ficou meio perdido. O seu desejo era manter, o máximo possível, o elenco que terminou a temporada. A escalação do Marques inviabilizou o Éder Luis. As características são as mesmas, não dá para jogar juntos ou seria preciso muita adaptação e treinamento. Agora, o técnico deve colocar o caro e bom jogador Marques no banco para fazer justiça ao melhor jogador do Atlético no ano passado. Vamos torcer para que o Geninho consiga criar espaços para os três jogadores. O Éder precisaria adaptar-se na função de centroavante de área. Será Possível?
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O Desempenho:
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O Atlético deve fazer um bom campeonato Mineiro e poderá ser até campeão. Na copa do Brasil, vai enfrentar dificuldades a partir das oitavas de finais. Deve enfrentar o Corinthians, Palmeiras de Wanderley Luxemburgo, Botafogo, Internacional ou Grêmio. Com um elenco médio não será fácil.O bom, é que não enfrentam todos eles, uns eliminam os outros. No brasileiro e copa sul - americana a situação fica ainda mais difícil. O primeiro por ser longo e exigir um elenco de qualidade e quantidade. O segundo, por enfrentar equipes de outras nacionalidades com grandes viagens, e
ainda, disputadas concomitantemente com o brasileiro, também exige um grande e qualificado elenco. O Atlético não tem reposição à altura de vários titulares, no entanto, espero que o galo faça um bom papel neste ano, e mesmo que não tenha grandes conquistas, mesmo assim, vale a prudência da diretoria de olhar para o futuro e tentar enxergar um galo forte, sem dívidas e com grandes
contratações.
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É melhor fazer 100 anos modestamente e poder fazer 105, 110, 120 brilhantemente do que 100 anos com boas comemorações e mais endividamento e 105,110,120 anos negros.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Os chavões continuam. Pelé seria melhor hoje do que ontem?



Os chavões sobre comparativo entre jogadores do passado frente aos do presente é muito difundido pelos jornalistas “papagaio”, aqueles que pegam carona e repetem juntos uma notícia ou estatística sobre as duas épocas divulgada no dia, e acabam massificando os chavões. É muito simples, vamos então fazer o inverso.
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O Romário atuando lá pelos anos de 1966,1970. Para começar, teria um técnico como Zezé Moreira, Brandão, Dino ou até mesmo o Zagalo que hoje achamos ultrapassados(na época eram os melhores).Sem lep top, teipes de jogos dos
adversários, sem auxiliares que acompanham as estatísticas de cada jogador, sem fisiologista, nutricionista, psicólogo, preparador de goleiros, pré-temporadas, carga física adequada ao biótipo e as funções do atleta no campo e cientificamente
estudada, etc, mesmo assim, o Romário seria um jogador de grande arrancada, de dribles longos fora da área e curtos dentro dela, rápido e com o mesmo senso de colocação e
pontaria. Seria na época um craque da área. Fora dela, teria também as mesmas dificuldades e ainda não conseguiria fazer um lançamento de 20/30 metros, por exemplo. As suas qualidades técnicas estariam preservadas e ele apenas se adaptaria ao rítmo e condicionamento da época. Estaria longe do Tostão (mais completo dentro e fora da área) e obviamente de Pelé, que além de completo, era um gênio.
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Ao contrário, nos dias de hoje, Pelé, com todos os recursos acima mencionados estaria adaptado, condicionado e preparado para ser nesta época, novamente, o melhor jogador de todos os tempos. Ressaltando a sua postura altamente profissional, sem vícios e com a fortuna que ganharia como
incentivo, podemos até levantar a discussão afirmando que, na época atual, ele seria melhor do que nos velhos tempos. Ele teria muito mais recursos a sua disposição para ser usado no seu
atributo de craque-gênio.