EMERSON ESPORTES- Futebol Mineiro -Nacional- uma visão diferente e mais analítica.

Comentários do analista de futebol, Emerson Souza, sobre os principais acontecimentos no esporte brasileiro e principalmente no mineiro.PÁGINA INICIAL com as matérias mais recentes: emersonesportes.blogspot.com

domingo, 18 de maio de 2008

Começou o melhor e mais concorrido campeonato do mundo.




Amigo Leitor,
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Realmente é polemico o estilo Adilson de ser. A torcida, a imprensa tanto regional como nacional, estão desconsiderando os bons resultados do técnico, até então. Campeão mineiro, eliminado pelo ótimo Boca Juniores na Libertadores e na ponta da tabela do brasileirão 2008.
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Para entender o estilo Adilson de ser, temos que separar duas coisas: o consciente do inconsciente.
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O trabalho do homem com o aprendizado, conhecimento, dedicação, aderência ao comprometimento da sua equipe como um fundamento, e muito trabalho. Este é o lado consciente do técnico.
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De um outro lado existe o inconsciente. Influencia na finalidade e na aplicabilidade de tudo realizado pelo consciente.
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O técnico, por ter sido um zagueiro, e por admirar e conviver com técnicos pragmáticos e aderente à posturas defensivas em suas equipes, como Ênio Andrade, por exemplo, carregam inconscientemente uma postura altamente defensiva. É mais ou menos como se fosse um estilo, uma forma de vivenciar seus atos, posturas e atitudes.
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Tenho certeza, que o Adilson saiu de Belo Horizonte para Curitiba com o objetivo de empatar o jogo, fazer um ponto fora de casa. Na sua visão orientada pelo inconsciente, o time deve vencer em casa e empatar fora de casa, pelo menos, para chegar à reta final do campeonato. Os treinamentos, a montagem do time foi totalmente com esse objetivo.
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Estar no Cruzeiro, ter um elenco com trinta atletas de bom e ótimo nível, enfrentar um clube em piores condições e com elenco bem inferior, nada disso, sensibiliza o treinador em alterar a sua postura. O próprio jogo, pelo comportamento limitado do Curitiba ofereceu ao técnico cruzeirense a possibilidade de alterar a equipe para tentar vencer.
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O que o Adilson ainda não sabe, é que, com certeza, vai empatar ou até perder jogos em casa e também fora de casa. Aproveitar do bom elenco que tem seria fundamental para tentar vencer equipes com elencos modestos como: Portuguesa, Figueirense, Ipatinga, Náutico,Goiás, Atlético Paranaense, o próprio Curitiba, fora de casa e assim compensar os tropeços inesperados, e que vão acontecer, não tenham dúvidas. O campeonato é muito longo, jogadores serão vendidos, outros vão se adaptar e surpresas sempre acontecem.
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Como o técnico indicou muitos jogadores, a diretoria sempre prestigia e só muda em último caso, o Adilson deve continuar mesmo que tropece.
Uma das obrigações do Diretor de Futebol é sentir o ambiente externo e interno, avaliar, reunir-se com a equipe técnica, passar anseios, opiniões e sugestões dando ao treinador a oportunidade de reflexão e redirecionamento.
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Na verdade, todos nós temos um estilo, e esse é o estilo Adilson de ser. Vamos adaptar e conviver? Eis a questão.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A situação do Galo deve ser entendida e a torcida deve cobrar criatividade da diretoria.









































Caro Leitor,







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Como comentei na publicação de fevereiro/2008, com o título "O Centenário do Galo", que devemos ter entendimento e compreensão sobre a prioridade de: em primeiro lugar, sanear o clube e depois fazer um grande time. O América está fazendo o mesmo e daqui a dois anos já vai começar a montar um time à altura das suas tradições. No Galo, alguém tem que pagar pela passagem do pessoal dos Courys, Paulinos e Guimarães.





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O técnico Geninho, e nenhum outro poderá fazer algo diferente. O Elenco do Atlético não permite superar equipes com valores bem mais abundantes em qualidade e quantidade, não considerando as imprevisibilidades e surpresas que o futebol nos proporciona.



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As colocações obtidas no Mineiro e na Copa do Brasil foram do tamanho da capacidade técnica do futebol atualmente apresentado pelo Galo. Não foram ruins, as colocações nas duas competições até então. Na próxima, não se espera uma classificação para Libertadores, mas pelo menos à Sul Americana.



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Vejam o resultado do Internacional frente ao Sport do Recife. O time do sul tem um elenco bem superior ao clube pernambucano, inclusive com um ataque de fazer inveja como: Fernandão, Nilmar, Alex e Cia. Mesmo assim não funcionou a ponto de se classificar na Copa do Brasil e saiu prematuramente.




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Não adianta a torcida pedir a cabeça do técnico. A única forma do clube Mineiro resolver a questão é ter mais criatividade e usar pessoas certas copiando estratégias que já são usadas comumente no mercado do futebol.



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Hoje, mais vale investir em um olheiro de reconhecida capacidade para garimpar promessas pelo interior do Brasil. Mais vale fazer parcerias com empresários para expor a mercadoria "jogador" na vitrine do clube, do que contratar e manter durante todo o ano, os Souzas, Nicácios, Eduardos e Castillos. Esse então foi uma indicação de alguém que nada sabe sobre futebol. Nos juniores do Galo existe vários com melhor técnica e desempenho, do que o boliviano.



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É preciso reestruturar estes setores do Atlético. Para um clube que não tem como pagar altos salários, a receita é foco nos olheiros de ponta e nos empresários do futebol para oferecer a marca Atlético como exposição e compensações financeiras. Com esta política, o Galo vai poder ter um time competitivo, com possibilidade de ganhar algum dinheiro com percentuais de vendas e sem investir em contratações próprias, até que se reequilibre financeiramente.




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Sem um bom meio campo, com jogadores que saibam desarmar e também armar, sem um centroavante de qualidade e sem um lateral esquerdo do mesmo nível, ou melhor do que o Coelho, os resultados são bons até então.




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Com o time atual, neste ano, é tentar fazer um bom campeonato brasileiro almejando uma vaga na Copa Sul Americana, manter dez ou doze jogadores do elenco e ativar as operações olheiros e empresários alinhavando parcerias para o próximo ano.




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A torcida deve apoiar o time, entender a situação financeira atual do Galo e cobrar da diretoria melhor desempenho nas indicações de contratos e parcerias. Enfim, cobrar criatividade na administração do futebol, já que os recursos são escassos.




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Clubes de pior projeção, estrutura, torcida e história, estão, com criatividade, sempre obtendo desempenho melhor do que o Atlético MG.




terça-feira, 13 de maio de 2008

LIBERTADORES II - Salve o imprevisível, os melhores elencos vão se sobrepondo até o jogo final




























Caro Amigo Leitor,



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Pela lógica, os clubes de maior e melhor elenco vão ficando e sobrepondo aos demais, com a ressalva do Flamengo, que saiu da disputa com uma rodada de antecedência. Um desastre, no entanto, no outro confronto enfrentaria o Santos, bem mais difícil, mas ainda poderia passar, pois os dois estão no mesmo nível e cairiam nas próximas etapas.



Pela ordem, Boca, São Paulo, Fluminense, Atlas e LDU, são os grandes favoritos.



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O Boca, por ser uma legião de selecionáveis e ter o melhor camisa dez da América do Sul. O São Paulo, além de bom elenco tem um ótimo técnico e um centroavante que desequilibra. Os demais clubes estão no mesmo nível, abaixo dos dois primeiros.



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O Fluminense vem de um campeonato carioca que não colocou à prova o seu espírito competitivo: pegada e o comportamento em situações difíceis. Na primeira fase da Libertadores não enfrentou equipes muito competitivas, mas o elenco é bom do meio para frente. O Santos não tem um grande e bom elenco, mas veio de um concorrido campeonato paulista e joga com a disciplina implacável do Leão, e ainda, vai enfrentar o fraco América do México.



A LDU tem um bom time e deve avançar mais.






Acho difícil o Fluminense passar pelo São Paulo. O clube paulista é mais competitivo, com melhor defesa, e com a qualidade do elenco semelhante ao concorrente carioca.



O Boca terá problemas com o Atlas e o clube mexicano pode surpreender. No caso do Santos, a passagem à próxima fase deve ser com tranquilidade e a LDU terá dificuldades, mas acho que passa pelo San Lorenzo.



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O título deve ficar entre Boca, São Paulo ou Atlas.



Como o Santos tem a tabela a seu favor, passando pelo América, vai enfrentar San Lorenzo ou LDU para jogar a final. Não enfrenta São Paulo, Fluminense ou Boca antes da finalíssima e tem grandes chances de disputá-la.






sábado, 10 de maio de 2008

LIBERTADORES I - A inexperiência não evitou o pior confronto.




































Leitor,


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Faltou experiência técnica para evitar o confronto com o time argentino.




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Bem, experiência por quê?




O Cruzeiro (diretoria de futebol) fez tudo certinho. Subiu à cordilheira com toda a organização possível, pousou em cidade próxima ao jogo, condicionou a equipe, levou oxigênio, etc, etc.




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No jogo em si, o técnico escalou um time bastante defensivo optando por jogadores de marcação, abstendo totalmente do ataque e achando que poderia empatar o jogo ou vencer pelo placar mínimo. Um claro sinal de inexperiência técnica do técnico. Um jogo de ataque do Real Potosí contra a defesa do Cruzeiro. Na altitude, ninguém suportaria pressão o tempo todo.
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O time azul, se vencesse ou empatasse, estaria entre os primeiros e confrontaria, no primeiro jogo do mata/mata, com um clube de pouca expressão na competição. Perdeu de cinco tentos a zero e caiu nas garras do forte e pragmático Boca Juniores.




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Muitos acharam uma predestinação, outros, uma oportunidade para mostrar que, vencendo o clube argentino, poderiam sair do confronto bem mais fortalecido para candidatar-se ao título.




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Diante do Boca, no estádio Alberto J. Armando, o assustador Lã Bombonera, o time da toca atuou defensivamente e visivelmente tentando tomar o menor números de gols possível, tomou apenas dois e conseguiu fazer um... Com muita sorte. Era um placar absolutamente favorável pelas condições técnicas do adversário, um clube com vários selecionáveis e de peso como:

Riquelme, Cáceres, Monzón, Palacio, Vargas, Palermo, Morel Rodríguez, Ledesma, Castromán e outros de ótimo nível técnico.




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No jogo de volta, a obrigação era atacar e conseguir os gols. O Cruzeiro atacou muito, mesmo diante de uma defesa bem plantada. O técnico cruzeirense sabia que marcar o espetacular Riquelme, Palacio e Vargas, era uma condição básica para vitória, no entanto, esqueceu de um detalhe importantíssimo que acabou definindo o jogo.
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A marcação quando se deseja anular um jogador, deve ser realizada tanto no ataque, quanto no contra-ataque.


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Quando o Boca saia com a bola, o meia Riquelme era severamente marcado e completamente anulado, mas quando o Cruzeiro atacava, o craque argentino estava totalmente desmarcado e "supostamente" marcando alguém do Cruzeiro.

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Exatamente neste momento, ele estava totalmente livre para receber a bola do desarme e fazer grandes jogadas para os homens de frente do Boca. Todos sabiam que ao retomar a posse de bola, o contra ataque partiria dos pés do jogador Riquelme. Foi o descuido fatal.

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Nos três contra-ataques com mais oportunidades de gols, em dois deles, o meia serviu os atacantes para fazer os dois tentos do time argentino. Em um outro, colocou o atacante Palermo frente a frente com o goleiro Fábio, que fez grande defesa.

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O Cruzeiro perdeu o jogo por pura falta de atenção na marcação do craque Riquelme e pela falta de mobilidade e agilidade do pesado e com poucos recursos, Espinoza. A falta de sorte também merece ser comentada, pois a bola não entrou em poucas, mas boas oportunidades de gol.











domingo, 4 de maio de 2008

Ter meias defensivos que também jogam ofensivamente, com qualidade, foi a grande diferença na decisão do título mineiro.
































































































Caro Leitor,


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Da cadeira especial mista, observei que os cruzeirenses compareceram e os atleticanos não. Já era previsível, no entanto, os atleticanos presentes mereceram todos os nossos aplausos, porque acompanharam o seu clube na adversidade. Com ótimo trabalho realizado pela PM, dividindo os acessos entre as torcidas e patrulhando toda a área externa, as famílias voltaram ao Mineirão. Muitos adolecentes e crianças estavam no grande clássico.


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Apesar de algumas considerações, o Geninho não teria como anular o meio campo do Cruzeiro, tendo em vista a grande diferença na qualidade técnica. O professor de quase todos os técnicos emergentes, o Sr. Wanderley Luxemburgo, já sabia que os brucutus estavam fora de moda e que a capacidade de um jogador em desarmar e armar, é fundamental em um time.



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Chego à conclusão, que nos confrontos finais no clássico mineiro, essa foi a grande diferença. A falta de um grande goleador no galo pode-se remediar com os dois excelentes extremas que tem. Dos dois laterais, apenas o esquerdo não é bom, mas o meio campo fez a grande diferença pela deficiência ofensiva.


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Entendo, que o Geninho errou de novo ao escalar o pior dos centroavantes que tem, o Eduardo, entrou pelo seu tamanho no aproveitamento dos cruzamentos de Marques e Danilinho. Não escalou um armador com boa criação ou noção de organização dos ataques. O Souza ou o Marques poderiam fazer o trabalho com mais eficiência do que Gerson, e até o Márcio Araújo teria melhores condições.


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No sistema defensivo, não notei uma marcação especial no Wagner e o Márcio Araújo apenas o acompanhava de longe. O Wagner organizou tudo no meio campo. Também observei dificuldades na marcação do Jadilson.


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No cruzeiro, a tática foi à mesma do jogo anterior, com o Jonathan e o Eli Carlos marcando o Marques e o Marquinhos Paraná colado no Danilinho, pela esquerda. O Adilson liberou mais o Jadilson, o Wagner, Moreno e Marcinho para atacar. Eram sempre quatro atacantes.
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Para o Atlético, infelizmente o meio campo celeste defende e ataca o tempo todo com uma qualidade incrível. Fabrício (pelo meio), Eli Carlos (pela direita) e Marquinhos Paraná ( pela esquerda), quando o Cruzeiro tomava a bola no seu campo ou na intermediaria, a troca de passes, penetração e triangulação com os atacantes e o armador Wagner era de muita qualidade e essa foi a grande diferença.
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O Cruzeiro vem descobrindo jogadores emergentes com essas características e inchou o seu elenco com esses atletas
(são de oito a dez jogadores multifuncionais), com muita qualidade. Sem dúvida, esses são os grandes responsáveis pelo sucesso do time nesta temporada.




O clássico será um "amistoso" de cofirmação ou de honra?







































Caro Leitor,
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Vamos assistir no Mineirão, hoje, um clássico aonde as duas equipes vão apenas confirmar, de um lado (o time azul), o titulo de campeão, e do outro lado (o alvenegro), a honra e a necessidade de provar à sua torcida, que o placar do primeiro
jogo da decisão foi um acidente.
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No entanto, nos bastidores, os técnicos quebram a cabeça para armar a melhor tática para neutralizar o inimigo e atingir o objetivo. O galo: de vencer bem e retirar a péssima impressão, e no Cruzeiro, a confirmação de um resultado positivo para
confirmar o título.
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Ao que tudo indica, o Geninho deve alterar um pouco a formação tática e reparar o seu principal erro no jogo anterior, quando atuou sem um homem de armação ou de ligação.
Deve jogar com o Marques voltando e armando as jogadas para os dois homens de frente ou entrando com o Souza e os atacantes Danilo e Marques ou um centroavante em lugar de um dos extremas. Também deve usar o coelho muito ofensivo e deslocar um volante para fazer a sua cobertura. No mais, o time será fechadinho como no jogo anterior, ou seja, com três volantes e quatro zagueiros.
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Em minha opinião, para reparar o erro do jogo anterior que culminou com o péssimo resultado, ainda acho que o time deveria entrar com o Marques armando e o Danilo e mais um centroavante. O ponto principal seria a movimentação do Danilo que deveria jogar em todos os cantos do campo, dificultando a marcação e abrindo espaços para o Marques, Coelho, o centroavante e o Renan vindo de trás como elemento surpresa. Também deveria usar a estratégia de marcar o Cruzeiro sobre pressão, com a defesa, o meio campo e ataque próximos e sem espaços imobilizando as triangulações do time celeste pelo meio. O Giovanni Espinoza é lento e desastrado, o que poderá facilitar o trabalho da pressão atleticana.
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No time cruzeirense, o Adilson vai armar à mesma marcação no Marques e Danilo, e ainda, reforçar o lado esquerdo inibindo as subidas do Coelho. O time perde um pouco o poder ofensivo sem o Ramires. Acho que deveria começar com o Leandro Domingues mais atrás, partindo com a bola dominada. Ele sabe fazer essa função e tem condicionamento físico. No entanto o técnico vai preferir entrar mais fechado, com quatro volantes (Fabrício,Henrique,Paraná e Charles).
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O jogo será bem disputado e com pouca diferença no placar, pois no clássico o resultado é sempre imprevisível. Porém, existe neste ano, uma grande disparidade entre os elencos. As alternativas do time azul são muitas e de bom nível técnico. O mesmo não acontece com o time de Geninho, que têm algumas, mas de baixo nível.