EMERSON ESPORTES- Futebol Mineiro -Nacional- uma visão diferente e mais analítica.

Comentários do analista de futebol, Emerson Souza, sobre os principais acontecimentos no esporte brasileiro e principalmente no mineiro.PÁGINA INICIAL com as matérias mais recentes: emersonesportes.blogspot.com

sábado, 29 de março de 2008

Demitir um técnico....Quando?






























Caro Leitor,
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A dança dos técnicos é hoje, um procedimento "normal" para que as equipes possam justificar fracassos de todas as origens, no entanto, retirando as demissões de cunho pessoal e político dos clubes, as substituições dos técnicos são benéficas quando existem fatores que, direta ou indiretamente, sejam de responsabilidade dos treinadores e que prejudicam o desempenho do clube. As associações dos técnicos, muitos cronistas e analistas esportivos estão sempre defendendo a manutenção dos técnicos com argumentações de todos os tipos como:
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-Os clubes não oferecem tempo suficiente para que os técnicos mostrem o seu valor -São muitas competições e não existem condições para mostrar os resultados no curto prazo -A torcida e diretoria querem resultados imediatos -Falta de condição necessária para que o técnico desenvolva um bom trabalho -O técnico substituto ganhou reforços que o técnico substituído não obteve -E por aí vai..
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Na verdade, como não podemos mudar o futebol brasileiro no curto prazo, as regras são para todos os técnicos e os melhores são aqueles que conseguem enxergar rápido, agir rápido, pressentir rápido, tomar decisões rápidas, ou seja, estão com um passo à frente. Vamos separar a troca dos técnicos por fatores políticos e de pressão externa (torcida, imprensa, etc) da troca por fatores que realmente,após o diagnóstico, indicam benefício para equipe e podem ser chamados de fatores técnicos.
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Demissões políticas e de fatores externos:
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Nos políticos e externos, que também podem estar co-relacionados com os fatores técnicos, o clube não esta em condições financeiras favoráveis e não pode contratar jogadores do nível de clubes que estejam na mesma posição, ou ainda, que sua diretoria não saiba repor o elenco com jogadores promissores descobertos e que vão se despontar. Também não consigam promover de suas bases,cujos investimentos são inexistentes, jogadores que substituam as contratações necessárias e impossibilitadas financeiramente de serem realizadas.
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Nestes casos, considerando que a equipe esteja sob a direção de um bom técnico (daqueles que estão em uma seqüência de bons trabalhos mostrados no futebol), mas que não consigam bater seus rivais e se destacar em campeonatos de forma a se aproximarem dos concorrentes do mesmo nível, são demitidos pelo clube assim mesmo, tendo como justificativa oculta, a pressão da torcida por resultados iguais aos concorrentes que os comparam, ou por forças internas que visam proteger a diretoria do descrédito, baixo índice de popularidade, renúncia, etc.(são as pressões políticas).
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Um caso bastante evidente é o do Palmeiras em 2007 onde o técnico Caio Junior trabalhou tecnicamente muito bem com os jogadores, de nível baixo e poucos de nível médio. O Palmeiras não conseguiu a esperada classificação para libertadores e o técnico foi politicamente demitido. O trabalho do Caio e consequentemente a classificação do Palmeiras no brasileiro de 2007 foi muito boa, apesar do péssimo elenco do clube na temporada.
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O outro caso interessante é o do Cuca e o seu Botafogo. Ainda bem que é um caso de permanência politicamente correta, apesar das frustrações e desabores do clube. A torcida e a diretoria tinham e tem plena consciência do espetacular trabalho do técnico Cuca, com um elenco de poucos recursos. O Botafogo foi muito mais além de suas possibilidades assim como o Palmeiras de Caio Junior.
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Demissões por fatores técnicos:
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Estes sim, são realmente fatores que corrigem desempenhos das equipes e deveriam ser aplicados em todas as demissões, bem como, na permanência.
É preciso analisar em primeiro lugar o elenco disponibilizado e mensurar o objetivo real que pode se chegar com esse material humano. Depois, o tempo para trabalho de armação da equipe, entrosamento e padrão de jogo. Caso o treinador tenha tido tempo suficiente (pré-temporada), o trabalho já deve ser analisado a partir da terceira rodada de uma competição. Já é um tempo suficiente para notar o desenvolvimento do técnico sempre conjugado com as limitações do elenco.
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Quando o treinador assume no decorrer da competição, deve-se observar a aderência do elenco ao novo técnico, os fatores motivacionais, a capacidade do mesmo em criar alternativa dentro do grupo e promover um padrão do seu jogo rapidamente, a capacidade de mobilizar e receber respostas positivas e rápidas do seu time, enfim, mensurar se os resultados obtidos são compatíveis com a qualidade do elenco e o desempenho, após algumas rodadas. A partir daí, existem muitos fatores técnicos que podem comprometer o desempenho e que a diretoria deve ficar atenta para tomar medias rápidas de correção:
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-Técnicos são vítimas de boicote branco de alguns grupos dentro do elenco -Não conseguem controlar jogadores naturalmente problemáticos e que estão sempre contaminando o grupo -Devido a indisposições com alguns jogadores, o técnico se desgasta com o elenco -Jogadores usam a imprensa para criticar ou cobrar coisas e o técnico não controla -Não consegue fazer a leitura correta dos jogos e substituem mal -Alguns técnicos sistematicamente retranqueiros perdem jogos que acabam irritando -Técnicos exageradamente ousados também irritam e se desgastam. Os diretores de futebol podem interferir antecipando e reparando muitas situações citadas acima. O técnico, as vezes, não consegue controlar sozinho.
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Bom, entrando nos exemplos, podemos citar o Cruzeiro de 2007, cujo técnico, apesar de um ótimo começo, demonstrou na segunda metade do brasileiro do mesmo ano pouca experiência no controle do elenco, no caso Roni/Guilherme, na leitura dos jogos, e na excessiva disposição tática ofensiva do time (citada no nosso comentário de fevereiro /08, sobre o desempenho do Cruzeiro em 2007). Neste caso ficou evidente que a troca do treinador seria bastante interessante para corrigir os erros que o técnico estava cometendo e que os diretores já percebiam, mas não queriam interferir.Os técnicos de outros clubes também percebiam e jogavam sobre o erro do Dorival.
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No Flamengo, o técnico Ney Franco também estava namorando a zona do rebaixamento e um dos motivos foram os desgastes junto aos jogadores e com alguns dirigentes. O Flamengo foi um clube muito grande e complicado para o primeiro trabalhado do bom, mas pouco experiente Ney. O desgaste impede a progressão se a diretoria não toma medidas de apoio ao técnico. O Joel Santana assumiu, usou a estratégica psicológica, uma armação bastante defensiva para os seus primeiros jogos e começou a vencer pelo placar mínimo, até implantar o seu padrão de jogo. Não o acho um técnico de ponta, mas é muito experiente para saber que, dirigir o Flamengo com um elenco médio/baixo, é demissão em poucos meses, assim, pressionou a diretoria por reforços. Neste caso a intervenção foi correta, pois o Flamengo não tinha um elenco bom, mas também não tinha um elenco para namorar o rebaixamento. Ficou evidente o desgaste do Ney Franco e a ação foi correta.
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Diante de tudo, fica a opinião: " A troca de técnicos durante as competições é interessante e necessário, após uma análise, onde fique evidente que a deficiência técnica do técnico impede o clube de ter o desempenho do tamanho de seu elenco".

domingo, 9 de março de 2008

O Cruzeiro gostou da experiência com técnicos sem “experiência”



Parte II



Adilson Batista


Com a contratação do Adilson Batista, torcida,
imprensa, analistas, e eu também, questionamos,
criticamos, esbravejamos, insultamos a diretoria
celeste. O clube tem boas condições financeiras, bom
relacionamento no mercado, visibilidade, estrutura,
etc.


Por que não contratar um outro técnico de ponta, já
que o Mano Menezes preferiu o Corinthians? Por que
não contratar o Luxemburgo? Bem, esse aceita, mas
com salários de quinhentos mil mensais, desde que o
Cruzeiro contrate jogadores indicados por ele, de
clubes dos quais ele terá futuras participações para
que possa ganhar nas duas pontas, que dê-lhe
comissões sobre vendas de atletas, que receba
gratificações por conquistas imediatamente
após o feito, enfim, é o melhor técnico, mas
não dá.


Vamos então saber se o Muricy sai do São Paulo ou
o Luíz Felipe Scolare da seleção portuguesa, ou
ainda, o Parreira da seleção africana. É impossível
se for por menos de uma fortuna. Então vamos
contratar de novo o Leão? Não, o Leão vai brigar com
os jogadores e implantar uma lei marcial na toca.


É, acabou a primeira linha do produto. Sobraram
então, os técnicos “antigos” , Abel Braga, Joel
Santana e mais dois ou três. Estes, aceitam de 30 a
50% dos salários pagos aos técnicos de primeira
linha, mas sabemos que podem até ter o
desempenho inferior aos emergentes em evidência,
além de conhecermos uma vasta história de
sucessos, mas também de muitos insucessos dos
mesmos.


Os emergentes em destaque,Cuca e Renato Gaúcho,
com bom trabalho no campeonato brasileiro do ano
passado poderiam ser boas opções, no entanto, a
boa situação do Fluminense (com bom patrocinador)
e o desejo do Renato em permanecer no Rio, seriam
empecilhos. Sobrou o Cuca, e a opção foi pelo
Adilson Batista que tem uma identificação com o
clube. Os dois estão quase no mesmo nível, com
vantagens para o Cuca, que ainda atua no Brasil.


Está acontecendo e muitas pessoas ainda não
perceberam que a diretoria do Cruzeiro aplica no clube
as regras das grandes empresas: direção composta
por profissionais com alto padrão de retorno
contratados no mercado, produto da venda de atletas
investidos em jogadores jovens com grandes
possibilidades de sucesso, estrutura de captação
desses atletas em todo país através de agentes e
convênios, grande penetração no exterior com
diretoria específica para tal, não admite leilões e não
paga fortunas para técnicos que aproveitam a
escassez da função no mercado e pedem salários
estratosféricos.


Também critiquei muito a contratação do Adilson
Batista, mas hoje, analisando com profundidade, e
diante do comentário acima, estou certo que foi uma
das melhores opções dentro do novo conceito de
administrar do Cruzeiro. O presidente do Atlético
também esta aplicando o juízo financeiro no clube,
guardando as devidas proporções ante o time azul.

O Técnico

O Adilson vem surpreendendo muito, e a cada dia
vem tirando a impressão de técnico inexperiente.
Todos achavam que as indicações seriam para
favorecer jogadores (troca de favores) que atuavam
com ele no Japão, mas pelo contrário, foram boas e
atenderam bem as necessidades dentro do
orçamento pedido pela diretoria.


Readaptações como a do Fernandinho na meia
esquerda resgatando a posição original do jogador e
criando alternativas. A prudência na escalação do
Apodi, que ainda precisa aprender cruzamentos e
recomposição, e ainda, buscando novas alternativas
para o Thiago Martinelli e Jonathan, de muito
potencial. O técnico tomou o Cruzeiro como a sua
principal vitrine e alinha os interesses do clube em ter
um bom desempenho no ano, com os seus, que é de
projetar-se nacionalmente.


O Elenco


Por estar disputando a Libertadores esse ano, o
clube contratou mais e melhor do que no ano
passado(são três bons jogadores para cada posição),
excetuando os dois homens de ataque e uma
ressalva. Não são ótimos jogadores, mas são
comprometidos e de bom nível técnico. A ressalva
fica por conta do Wagner, que não tem substituto à
altura, sabe disso, e tem algumas atitudes
inesperadas como: reclamações em excesso na
imprensa, queixas de dores aqui, ali. A outra
deficiência fica por conta dos dois atacantes.
Realmente o Adilson acertou de novo. O time
precisa de um “Danilinho”ou um “David” ,m jogador
neste estilo, e um centroavante do tipo “Dodô” ou
“Leandro Amaral”, esse último está disponível no
Vasco, e o Cruzeiro poderia gastar um pouco mais
investindo no atleta.


O Desempenho


Considerando o elenco atual, foco, conhecimento,
empenho, salvo informações contrárias, o técnico
tem concentrado com os jogadores, isso passa
compromisso aos atletas, aliado ao baixo
desempenho de alguns dos principais concorrentes,
como o São Paulo e o Santos, que não se
acertaram ainda (Fluminense e Flamengo estão
com o conjunto mais harmônico, principalmente
o ataque do Fluminense que é muito bom), o time
azul deve ter um bom desempenho, tanto no
brasileiro como na libertadores. Fazendo contratações
para os setores acima, tem boas possibilidades para
conquistar títulos.


Enfim, um alerta: o Wagner reclama, na imprensa,
sobre as suas substituições e o Adilson justifica,
também pela imprensa, as reclamações do jogador. É
a repetição do que foi visto entre Guilherme e Roni e
deve ser corrigido rápido, nem que para isso tenha-se
que trocá-lo por outro jogador no Brasil ou na Europa.
Será que o Adilson terá experiência suficiente para
as correções de rumo que um técnico experiente teria?

sábado, 1 de março de 2008

O Cruzeiro gostou da experiência com técnicos sem “experiência”

Parte I

Dorival Junior

No ano passado a contratação do pouco experiente técnico, Dorival Junior, foi bem mais aceita pela torcida do que a contratação do também, com pouca experiência, Adilson Batista em 2008.

O Dorival vinha de um bom desempenho no concorrido campeonato paulista, e o Adilson, com desempenho desconhecido pela torcida, no Japão.

O Dorival começou um bom trabalho. Chegou, conheceu o elenco, selecionou os jogadores que realmente estavam com disposição para jogar e dispensou aqueles que estavam a passeio, que faziam intrigas, que não se adaptaram e que já estavam com pouca inspiração (Gabriel, Leandro, Martinez, Rômulo, Ricardinho e outros). Com dois jogadores, entre médios (muitos) e bons (poucos), em cada posição e em algumas posições (até três), armou bem o time com características ofensivas, treinou o conjunto, firmou um pacto de compromissos com os jogadores e começou a obter bons resultados com o time, fazendo mais gols do que tomando, até o recesso dos jogos do Brasil na metade do ano. Como todo clube, seus jogadores também foram vítimas de várias contusões, transferências, etc (Léo Silva, Sandro, Kerlon, Wagner, Jonathan e outros).

A inexperiência

O time continuava fazendo e tomando muitos gols, mas o técnico ainda não conseguia perceber a deficiência defensiva. Era um erro que deveria ter sido reparado, e que, o conceito de tomar muitos e fazer mais ainda, é kamikaze. Bastava ver o posicionamento e armação dos principais concorrentes ao título.

O São Paulo, por exemplo, jogava com uma linha de três zagueiros (Alex Silva, Breno e Miranda), outra linha de quatro defensores com boas habilidades defensivas e uma segunda habilidade, a de apoio e chegada com qualidade ao ataque (Souza pela direita, Hernandes pela meia direita, Richarlyson pela meia esquerda e Jorge Wagner pela esquerda), isso tudo antes do meio campo, claro. Um meia de ligação com boas características de marcação (Leandro). A recomposição do São Paulo era de nove jogadores antes do meio campo. No ataque o centroavante (Aloísio ou o Borges), e um velocista (Dagoberto) pelas pontas ou pelo meio também. Quando o São Paulo era atacado pela esquerda, lá estavam dois laterais e um zagueiro (Jorge Wagner, Richarlyson e Miranda), quando atacado pela direita, mais dois laterais e outro zagueiro (Hernandes, Souza e Alex Silva) e pelo meio, Breno, Miranda e Hernandes fechando a entrada da área. O São Paulo também atuava muito com duas linhas de quatro marcadores deslocando o Breno para lateral direita e colocando outro zagueiro. Outros clubes, com elenco de poucas qualidades também jogavam com até dez jogadores na defesa para posteriormente atacar.

O Dorival adotou o esquema com quatro zagueiros (Jonathan, Léo Fortunato, Thiago Heleno e Fernandinho), dois meias com características ofensivas (Charles e Ramires), dois meias ofensivos (Wagner e Leandro Domingues) e dois atacantes (Guilherme e Roni). Quando atacado, a recomposição do Cruzeiro era com sete jogadores e em alguns casos, quando o Ramires e o Charles se mandavam ou o Jonathan, e ou, o Fernandinho, com cinco marcadores.A propósito, na realidade funcionava com dois zagueiros e dois alas.

Quando menciono atacado, significa que o time perdeu a posse de bola no ataque e se recompôs rápido para receber o contra ataque. No futebol, com a bola rolando as formações são alteradas a todo o momento pela dinâmica, então, temos sempre que vizualisar a composição da equipe em um momento “zero”, ou seja, no início de um ataque ou de um contra-ataque, saindo para o jogo ou iniciando uma recomposição para receber um ataque do time adversário.

Voltando ao assunto, onde estava o erro do Cruzeiro? Jogar com todos os meias ofensivos e alas. O time deve ter um equilíbrio.Todo jogador tem duas características básicas, a ofensiva e a defensiva, invariavelmente uma delas sempre se destaca, tornando o jogador mais apoiador do que marcador e vice e versa. Nada mais é do que a aptidão maior para uma determinada função, o que não significa que também não saiba fazer a outra. O importante para um técnico é ter esta consciência na armação do time mantendo o equilíbrio entre ataque e defesa e diciplinando as subidas dos meias e alas ou laterais. O técnico Dorival errou em escalar tantos meias com habilidades ofensivas superior às habilidades defensivas e sem uma plano tático de coberturas e recomposições eficiente.

Com o elenco de 2007, acho que não seria mesmo campeão, mas se não cometesse os erros, poderia estar entre os três primeiros com muita tranqüilidade, no entanto, não podemos retirar-lhe o mérito de ter melhorado o time herdado do Paulo Autuori.

Com o problema entre Guilherme e Roni, o ataque começou a fazer menos gols e a defesa continuou tomando muitos. O São Paulo venceu muitos jogos pelo placar mínimo. No time azul,como dois atacantes que jogam juntos vão fazer a diferença, se estão fazendo críticas pessoais entre si? O técnico voltou a errar por não corrigir o desentendimento e a displicência do Guilherme em campo. Observei vários jogos em que o atacante não corria em bolas próximas de si. A atitude do Roni não foi correta ao divulgar pela imprensa a sua opinião, poderia ter dito ao técnico ou será que já havia dito e nenhuma providência fora tomada? Não sabemos, mas todos tinham conhecimento, o técnico não tomou providências e a diretoria não interferiu. Faltou experiência no Dorival. Ele também errou muito em substituições na segunda medade do campeonato.


O conjunto de erros acima foi fundamental no desempenho final do Cruzeiro e explica a sua queda de produtividade. Nas equipes menores, de onde veio o treinador, os jogadores precisam mais de reconhecimento, salários, não são estrelas, e o clima fica mais ameno e fácil para conduzir.

Nos próximos comentários vou abordar a troca dos técnicos. Muitos analistas e comentaristas são contrários em substituí-los no meio das competições. Sou favorável respeitando alguns critérios.

A diretoria do Cruzeiro deveria ter percebido os erros e a troca do Dorival poderia ter sido durante a competição logo depois que ele não conseguia controlar problemas dentro do grupo. É uma tomada de decisão que qualquer administrador exerce para corrigir erros no processo. O futebol também é uma atividade profissional como qualquer outra. A disposição tática do São Paulo preservou mais a parte defensiva. No Cruzeiro, foi o inverso e faltou equilíbrio.