EMERSON ESPORTES- Futebol Mineiro -Nacional- uma visão diferente e mais analítica.

Comentários do analista de futebol, Emerson Souza, sobre os principais acontecimentos no esporte brasileiro e principalmente no mineiro.PÁGINA INICIAL com as matérias mais recentes: emersonesportes.blogspot.com

domingo, 28 de dezembro de 2008

É preciso analisar a queda do Vasco.








Caro Leitor, vascaino,




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Falando sério e analisando friamente o comportamento dos diretores do Vasco nos últimos seis meses, vou falar o que muitos vascaínos não desejam ouvir, mas devem considerar. Analisando as ações dos dirigentes, devo admitir que o Eurico Miranda tem absoluta razão ao afirmar que os diretores atuais do Vasco da Gama, sem dúvida, contribuíram muito para o rebaixamento do time à serie B. Para ser mais sincero foram responsáveis diretos pela lambança. Vejamos:




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Na janela do meio do ano, o Vasco caminhava a passos largos para o rebaixamento. Era tempo de avaliar posições chave no elenco e garimpar bons jogadores da serie B. A diretoria
ERROU feio ao optar por manter uma zaga de "ex-jogadores" em atividade e continuar levando uma enormidade de gols. Precisava também contratar um técnico de alto nível, não sendo possível, um emergente com bom histórico recente.




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O Ney Franco estava saindo do Atlético Paranaense no meio do ano. O Élio do Anjos também procurando um clube grande. A diretoria ERROU novamente ao contratar o inexperiente, amigo do Roberto Dinamite e sem histórico, TITA. A sua melhor experiência era em clubes da terceira divisão como o Tupi de Juiz de Fora. Um ERRO fenomenal.
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O campeonato caminhava e os sinais eram evidentes de queda. O fraco TITA entregava o cargo e alegava que não conseguia motivar o elenco. Era óbvio, pois ele não conseguia nem escalar corretamente o time.




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Havia ainda tempo para correções. A Diretoria então completa a lambança. Busca o arrogante, de baixíssimo astral e recém dispensado técnico RENATO GAÚCHO. Se o Renato ficasse no Fluminense fatalmente teria levado o tricolor à serie B. Naquele momento o Vasco precisava de alguém com alto astral, trabalhando em dois períodos e levantando a moral do clube como fez o experiente René Simões no Fluminense. Ao contrário, o GAUCHO faz questão de ser a estrela, arrogante e não conseguiu dimensionar o sério trabalho que teria para salvar o Vasco.




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Não gosto, não admiro e não sou simpatizante do Sr. Eurico Miranda, muito pelo contrário, no entanto, o ex-presidente do clube da cruz de malta está corretíssimo em afirmar que o Sr. Roberto Dinamite e a sua diretoria levaram o Vasco à segundona. Clubes com elenco semelhante (Goiás, Náutico, Atlético Paranaense e Mineiro, Botafogo), escaparam por ter apostado no técnico certo, na hora certa.
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Para dirigir um grande clube como o Vasco, não basta ser sério e trabalhar muito. É preciso reunir pessoas com experiência para fazer corretamente . A novata diretoria cruzmaltina deve, agora, construir sobre os erros cometidos e fazer contratações corretas para vencer a serie B e levar o clube carioca de volta a elite.
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Leia mais sobre a queda do Vasco no comentário de 08.12.2008 com o título " Hoje os técnicos são fundametais."



segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O Ronaldo quer e o Corinthians quer. Então o sucesso é possível.





Caro Leitor,
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No Brasil, pela primeira vez na história, um clube tupiniquim consegue fechar um negócio no mesmo nível financeiro dos mega-negócios internacionais.
Abre-se um caminho, uma nova porta ou novo precedente para manter ou
Internacionalizar o futebol de ponta.
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A operação fechada pelo Corinthians paulista, sem dúvida, inova o setor em termos de participação do atleta nas receitas do clube. Inteligentemente a capacidade financeira de pagamento foi substituída pela divisão de faturamento proporcional que um atleta agrega ao clube.
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Na imprensa, alguns jornais e clubes recriminam tal inovação alegando que a abertura desse precedente é muito perigosa, pois o atleta passa a participais diretamente das receitas do clube. Tenho uma outra visão e a jogada do timão foi sem dúvida, fabulosa. As diretorias dos clubes mais bem organizadas como o São Paulo, Cruzeiro, Internacional e o próprio timão, tem a capacidade de montar essa engenharia financeira. Os analistas de marketing financeiro e de prospecção mercadológica analisam e mensuram em valores, os benefícios do negócio e, no caso, comprovando-se a rentabilidade, sem dúvida deve-se quebrar paradigmas, barreiras e inovar. ­­­­­­­­­­­­­­­­­
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Após as análises médicas, o jogador vai estar 100% somente em maio de 2009. Essa informação já é um aviso para todos os corintianos, que de janeiro a maio, o craque, se não jogar bem, terá essa prerrogativa para se proteger. Todos vão entender, pois ao avisar, a diretoria alve negra esta fazendo um contrato psicológico com a torcida para que o atleta possa, no início, não jogar bem, jogar pouco e não haverá cobranças. Maio já é quase no meio do ano e até lá o clube já estará faturando milhões e preservando o jogador.
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Bem, daí em diante, o fenômeno vai ter que jogar para que o investimento tenha sucesso também na outra metade do ano. Provavelmente o jogador deverá jogar algumas partidas e outras não, da mesma forma que atuou no Mila. Joga duas partidas, tem um stress muscular e fica mais duas sem jogar.
Com o discurso politicamente correto, de bom moço, o jogador consegue levar a torcida, porém o ponto fundamental será jogar bem as partidas que o atleta entrar em campo a partir de maio.
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Neste aspecto entra uma outra análise, o lado fenomenal do jogador. Seguramente não temos ainda no Brasil um centroavante com as habilidades técnicas do Ronaldo, mesmo estando acima do peso e com idade acima dos trinta anos, e ainda, recém recuperado de contusão séria. O atacante conseguirá jogar mais do que o Washington, Kléber, Leandro Amaral, Borges, Tiago Ribeiro, Obina, Wellington Paulista e muitos outros.
Inteligentemente o timão devera montar um bom ataque e muitos coadjuvantes para impulsionar Ronaldo e o seu investimento. Caso o Corinthians consiga chegar entre os quatro primeiros e brigando pelo título brasileiro de 2009, certamente o retorno do investimento estará garantido não tenham dúvida.
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No mais é aplaudir os corintianos pela coragem. O investimento vai sacudir o Brasil do futebol e levar milhares de pessoas por onde o Ronaldo jogar.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Hoje os técnicos são fundamentais.







Caro Leitor,
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Jornalistas românticos defendem a tese que, dentro das quatro linhas, são
os jogadores quem resolvem e não adianta o técnico gritar do lado de fora
porque ninguém escuta ou faz o que ele manda.
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Digamos que é uma meia verdade. Hoje, os técnicos, com certeza, rebaixam
Clubes, os mantêm na série A, ou ainda, os classificam para libertadores
e até os fazem chegar ao título, com exceções, claro, porque em tudo existe
exceção.
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Hoje, sem dúvida, o técnico é o homem mais importante do departamento de futebol de um clube. Ele adapta contratações de jogadores que conhece cujos perfis são adaptáveis aos recursos e pretensões dos clubes, estuda o adversário e anula as suas jogadas, impõe o ritmo de treinamento, treina jogadas ensaiadas, altera táticas durante o jogo, atua no psicológico do jogador, motiva, cobra e incentiva, enfim, é preciso falar muito dele, pois é a "peça" principal que vai contribuir muito para o sucesso ou pelo fracasso da equipe.
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A prova maior desta tese é o rebaixamento e a classificação no brasileiro deste ano.
Começando pela Portuguesa. O futebol apresentado pelos seus atletas não estava dentre os piores, além de ter mandado bem os seus jogos. A passagem rápida do “ex-técnico” em atividade, Valdir Espinosa, foi crucial no rebaixamento da Lusa. Caso o Estevão Soares tivesse assumido o comando, com pelo menos sete ou oito partidas de antecedência, o time verde rubro teria muito mais possibilidades de permanecer no grupo de elite.
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O Figueirense também tomou uma decisão errada, na hora errada, ao contratar o sisudo e retranqueiro Mário Sérgio. Pensa e conduz como nos anos 80 afundando tanto o figueira, que mesmo com o seu sucessor vencendo as três partidas restantes, não conseguiu escapar da degola. Alguém duvida que o Pintado tivesse mais competência para fazer o time catarinense escapar se entrasse antes?
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O Vasco da Gama nem se fala. A sucessão de erros foi enorme. Com o Vasco lá em baixo, contrata-se o inexperiente Tita. O jovem técnico dirigiu inexpressivas equipes da série C e não sabia nem armar o time em campo. Após demonstrar total incapacidade, foi réu confesso na sua despedida e pedido de dispensa alegando que não conseguia fazer o time ter entusiasmo para jogar. Quando todos achavam que o clube contrataria um técnico de bons e recentes trabalhos, vêm o Renato Gaúcho trazendo na bagagem, naquela oportunidade, um quase rebaixamento do Fluminense e várias promessas gravadas e ao vivo e não cumpridas, como: O Fluminense vai brincar no brasileiro enquanto se faz campeão do Cone Sul, ou, jamais seremos rebaixados, quando o time caia meteoricamente após a perda da libertadores. Não deu outra.
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O Náutico, Fluminense, Botafogo e Goiás viveram os perigos do rebaixamento e só se reergueram pela contratação certa, na hora certa dos seus técnicos, pelos excelentes trabalhos que fizeram. Ao longo do tempo, todos eles já demonstraram recentes bons trabalhos por onde passaram.
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Ao campeão São Paulo, o trabalho do técnico foi fundamental na conquista ante os onze pontos em desvantagens na metade da competição.
O Grêmio, com o elenco atual, dificilmente manteria a ponta e a segunda colocação sem um técnico disciplinador, exigente e muito dedicado. O mesmo se aplica ao Cruzeiro.
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A exceção como citei acima, obviamente existiu, como em tudo, e confesso que a perda do terceiro lugar pelo Palmeiras não condiz com o trabalho do Wanderley Luxemburgo que continua sendo um ótimo técnico, apesar do seu elenco não oferecer potencial para vôos maiores.
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No mais me surpreendi com a direção do Nelsinho Batista quanto à performance do Sport Clube do Recife tanto na Copa do Brasil quando no brasileiro, pelo seu elenco. Também o não rebaixamento do Atlético Paranaense nas mãos do técnico Geninho, tendo em vista os seus vários insucessos recentes em outras equipes.
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O restante dos clubes de expressão, Santos, Internacional, Coritiba e Flamengo ficaram em posições compatíveis com a capacidade de seus treinadores.

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Receber para melhorar o desempenho da equipe é falta de ética?

















Caro Leitor,
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Vejo a imprensa falando sobre falta de ética em receber para vencer e assisti outro dia o Trajano na ESPN indignado e estabelecendo um ponto zero para começar a avaliar e julgar a ética dos atletas doravante, já que não se tem idéia de quando começou essa remuneração.
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Dois dos seus jovens analistas comandados, Paulo Vinícius Coelho e o Mauro Cezar acham normal. Ora bolas, um dia o futebol foi amador jogava-se por amor, depois por amor a camisa e por remuneração. Já algum tempo é pela remuneração em troca de um serviço prestado. Alguns com carinho pelo clube.
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Os velhos comentaristas precisam quebrar seus paradigmas e não viverem mais nos conceitos amadorísticos do amor pela camisa. É triste e eu também tenho saudades daquele tempo, no entanto é preciso evoluir. Dois jornalistas importantes da ESPN foram para o Sport TV, por um bom salário é claro. Não pensaram no amor a camisa da ESPN. Provavelmente receberam um doping financeiro para trocar de empresa. As remunerações estão caminhando por desempenho, e claro, nas finais das competições elas são maiores e o dinheiro pode vir de qualquer lugar, do patrocinador, do clube, do simpatizante ou do clube interessado no resultado, desde que o princípio não ofenda a ética e a moral, ou seja, para vencer e que seja legal, declarado, a disposição do fisco e do conhecimento do empregador.
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Quando o jornalista não concorda com essa evolução, tende-se a ocupar uma lacuna na imprensa voltada para uma especialização em futebol romântico, poético e meio utópico, fora da realidade, do qual também têm adeptos, a exemplo do Sr. Armando Nogueira e o seu imenso fã clube, no entanto, assim também se atende à demanda de público e leitor com esta deliciosa característica.
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No caso do Trajano da ESPN, tenho uma grande curiosidade: caso uma rede de TV esportiva internacional lhe oferecesse um valor financeiro para que ele fosse bem criativo e montasse uma grande estratégia para comprar o campeonato brasileiro e quebrasse a hegemonia da Rede globo. Por esse trabalho recebesse também um incentivo financeiro. Tudo isso com o conhecimento e concordância da ESPN. Ele aceitaria?
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Caso aceitasse, o Trajano estaria comportando-se sem ética? Claro que não. Estaria recebendo normalmente seu salário da ESPN e ainda fazendo com dinheiro de terceiro um bom trabalho para sua empresa e ainda recebendo, com conhecimento da mesma, por isso.
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Do outro lado, o jogador recebe uma remuneração de terceiros para vencer e com o conhecimento do clube. Soma pontos na tabela para sua equipe, mesmo que para fins de estatística e colocação no campeonato.
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Sinceramente não consigo ver faltar à ética nos dois casos.