EMERSON ESPORTES- Futebol Mineiro -Nacional- uma visão diferente e mais analítica.

Comentários do analista de futebol, Emerson Souza, sobre os principais acontecimentos no esporte brasileiro e principalmente no mineiro.PÁGINA INICIAL com as matérias mais recentes: emersonesportes.blogspot.com

domingo, 19 de abril de 2009

Agora começou as decisões nos estaduais

Caro Leitor,

Em Minas,

O Atlético tem hoje um bom padrão de jogo, um conjunto que está atuando sempre sem muitas alterações.Isso compensa a falta de qualidade técnica em pelo menos quatro posições: no gol, um zagueiro, na lateral direito e na armação. O conjunto aliado à disciplina tática exigida pelo treinador, deixa o time em condições de brigar pelo estadual mineiro.

No time da toca da raposa, o inverso tem acontecido. Sobra qualidade técnica nas várias opções do treinador. Com um elenco farto de titulares e reservas que se equivalem, o mesmo não acontece com o conjunto. O treinador altera o time a todo o momento com o rodízio dos atletas e perde muito em conjunto, além das invenções do Adilson, como na última goleada sofrida contra o Estudiantes de La Plata. O jogador Jonathan foi deslocado para esquerda (posição que há muito tempo não atuava), com cinco meias e um atacante, renunciou totalmente o ataque. Só poderia dar no que deu.

O páreo é duro, mas o Cruzeiro leva vantagem pela qualidade técnica e reposição. Caso o Galo mineiro perca, por exemplo, o seu zagueiro titular Leandro Almeida, ou o goleador Tardelli ou ainda um outro bom titular, o time fica totalmente deficiente ante as opções do técnico. Para o Galo superar tudo isso, o coração vai ter que estar na ponta da chuteira. Isso é plenamente possível.

Em São Paulo,

O emergente Wagner Mancini supera o experiente Luxemburgo e vai a final do paulista contrariando as previsões dos principais comentaristas e analistas esportivos de São Paulo. Afastou a péssima contratação do Santos, o lento apoiador Lúcio Flávio, montou um ataque leve com o rápido Madson, titularizou o garoto Neimar e conjuntamente com o experiente e matador Kleber Pereira, montou o ataque mais perigoso do Paulista. Com uma boa dupla de área defensiva formada por Fabão/Fabiano Eller, e jogando ofensivamente dentro e fora de casa, o time venceu e sobrou na semifinal.

O Palmeiras já há tempos demonstra muita instabilidade, com péssimos resultados dentro de casa inclusive. O Luxa não tem mais demonstrado a visão de lince nas contratações de bons nomes. Nos anos anteriores o treinador descobria promessas que faziam sucesso mesclando-os com grandes nomes experientes e montava times excepcionais. Hoje não consegue mais o mesmo sucesso. O seu time é mediano no meio e na defesa, e time mediano não ganha campeonato.

No São Paulo e Corinthians, o tricolor, como sempre diz o seu treinador, “É difícil fazer gol no nosso time”, o comportamento deve ser sempre de não tomar para depois fazer. É um time pragmático, paciente e vai esperar até o último momento para intensificar a ofensividade casa não marque antes.

No Alvinegro, time do meu diretor Luiz, o esquema é o mesmo, muita marcação e saídas rápidas com Jorge Henrique e Dentinho pelas pontas e o Ronaldo pelo meio. O ataque do timão é bem parecido com o do Santos, dois leves jogadores pelos lados e um experiente matador pelo meio. A defesa e o meio são compactos eliminando espaços o que faz o time sofrer poucos gols. O ataque do São Paulo já é muito concentrado pelo meio com Washington, Borges, Hernanes chegando e as bolas são cruzadas pelos alas. O Muricy adora atacar com cruzamentos. A qualidade técnica e o conjunto do São Paulo é melhor, mas a ousadia e a garra dos corintianos parecem-me maior, o que torno o clássico sem favoritos.

No Rio,

O Botafogo, depois do vexame na Copa do Brasil, acho que dificilmente perde o título, Principalmente pelas condições atuais do adversário. Tem um melhor conjunto e a maneira dos times do Ney Franco jogar é sempre a mesma contra qualquer time. Os times do Ney tem essa espécie de branco total em alguns jogos decisivos. Foi assim quando dirigia o Atlético do Paraná contra o fraco Corinthians de Alagoas com a eliminação no ano passado pelo resultado de 1 x 1 em casa, e agora com o Botafogo eliminado pelo Americano de Campos, hoje na série C. Tem três jogos para confirmar o título e as chances são boas.

O Flamengo hoje, é um clube desorganizado, com problemas financeiros para com o elenco, não tem um bom ataque e a defesa é bastante irregular. O Zagueiro Fábio Luciano já não é o mesmo jogador dos anos anteriores (vai parar de jogar esse ano), e seus companheiros de zaga não são bons tecnicamente como o Ronaldo Angelim que volta recentemente de contusão. O ataque sempre vem sofrendo alterações e as três opções dentre Josiel, Emerson e Obina não estão convencendo. O forte do time ainda é o ataque pelas laterais, principalmente a esquerda com Juan e a Torcida incomparável que motoriza o time para superar adversidades.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Afinal, em qual posição joga o Ramires do Cruzeiro




Caro Leitor,
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Bem, a imprensa de maneira geral acha o jogador cruzeirense um cabeça de área ou volante que sabe recuar, marcar e com habilidade para apoiar, penetrar e fazer gols.
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Alguns analistas mais estudiosos acham o Ramires um meia ofensivo. Outros acham um volante que sabe fazer as funções defensivas e ofensivas. Um autentico camisa oito que marca como segundo homem e ataca como um quarto homem. Usam sempre o termo, elemento surpresa.
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Comecei a prestar mais atenção no comportamento do Ramires em campo, tanto quando o time perdia a bola e se recompunha para ser atacado como atacando o adversário com bolas trabalhadas em contra-ataques rápidos, que é a especialidade do Cruzeiro.
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A minha conclusão é diferente de todas as análises. O Ramires é um atacante. Um terceiro atacante. Na verdade, o Cruzeiro formaliza uma escalação de dois atacantes com um armador chegando (o Cruzeiro tem quatro jogadores que atuam nesta posição. O Wagner ou o Fernandinho, ou ainda o Magrão / Bernardo). Inteligentemente o Adilson usa dois volantes fixos e bem defensivos nas opções que tem com o Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Eli Carlos. Os dois escolhidos pelo técnico, cada um deles cobre uma lateral e o meio da zaga.
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Quando o time sai para o ataque partindo da defesa, a bola passa de pé em pé e geralmente encontra o armador para armar as jogadas ou os laterais trocando passes com os volantes defensivos até seguir para o ataque e encontrar uma boa jogada. É nesta hora e neste momento que o Ramires já está à frente do armador ou trocando passes com ele para receber a bola em penetração. O Ramires já está bem à frente para uma penetração surpresa, já que a defesa adversária não espera a penetração do falso meia.
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Quando o Time perde a bola no ataque, o Ramires geralmente está lá, dentro da área adversária, muito além da linha da bola e não consegue voltar. Espera alguém roubar a pelota e é assim que novamente penetra com rapidez para fazer gols.
Quando o time adversário sai com tiro de meta, ele recua como os atacantes e cerca no meio campo. Raramente faz uma cobertura de laterais.
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Como disse o analista Tostão em uma de suas análises sobre a deficiência de marcação do Cruzeiro na defesa. " A falta de cobertura nas laterais com os zagueiros chegando atrasados é a principal falha coletiva do time".
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Na marcação e recomposição, existe um espaço entre os volantes e os atacantes. o armador, no caso oWagner, os dois atacantes e o Ramires, não recuam ao nível dos volantes. Se esse volantes cobrem os laterais, os adversários que atuam pelo meio ficam desmarcados e assim muitas vezes eles ficam para proteger esta área e forçam os zagueiros a correr para cobertura. Os laterais e o volante Fabrício também sobem muito e assim a defesa fica ainda mais desguarnecida.
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Concluindo, o Ramires, pelo seu posicionamento e ofensividade, é um verdadeiro atacante disfarçado de meia.