EMERSON ESPORTES- Futebol Mineiro -Nacional- uma visão diferente e mais analítica.

Comentários do analista de futebol, Emerson Souza, sobre os principais acontecimentos no esporte brasileiro e principalmente no mineiro.PÁGINA INICIAL com as matérias mais recentes: emersonesportes.blogspot.com

domingo, 27 de abril de 2008

5 x 0 - O Adilson se redimiu do erro tático no último confronto, não inventou e venceu o clássico -












































Caro Leitor,
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No clássico de hoje, 27.04.2008, o Adilson Batista se redimiu de seus vários erros: leitura errada do jogo, substituições inventivas e mal realizadas, enfim, a sua atuação de "professor Pardal" no clássico do turno de classificação do campeonato mineiro de 2008, quando quase é goleado pelo rival e por pura sorte sustentou o zero a zero.
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Alguns comentaristas, após o jogo de hoje, disseram que o Cruzeiro colocou o Marquinhos Paraná colado no Danilo e o Henrique no Marques.




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Na verdade, o Cruzeiro jogou com o Henrique na lateral direita, os dois zagueiros, Jadilson na lateral esquerda, o Charles pela meia direita, Ramires pelo meio e o M.Paraná pela meia esquerda, o Wagner armando e dois atacantes bem adiantados, o time jogou num 4-3-1-2. O Charles acompanhou o Marques da intermediaria até um pouco antes da linha da grande área com o Henrique o aguardando na lateral para roubar-lhe a bola. Um fazia a cobertura do outro e o Marques jogou todo o tempo com dois marcadores.




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Na esquerda foi um pouco diferente. O M. Paraná ficou por conta do Danilo e o acompanhou após a passagem da linha de meio campo, independente da marcação do Jadilson. Neste caso, a função do Paraná era não deixar o Danilo receber a bola, o que foi realizado com muita eficiência, pois o mesmo a teve nos pés poucas vezes durante a partida.
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Desta forma o time azul matou as jogadas de área e o Renan Oliveira ficou isolado com os dois zagueiros.
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O técnico Geninho foi ousado e correto na escalação do time, ficou com a composição bem agressiva, no entanto, como também comentei na última publicação, faltou o jogador da armação. O Marques deveria fazer a ligação entre ataque e defesa, recebendo a bola do meio campo e partindo em velocidade, criando situações de gol para os atacantes. O Geninho errou ao escalá-lo fixo na frente. Ficou fácil de anulá-lo. Ele ainda jogou com a camisa 10, diga-se de passagem.
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Como o Galo não tem laterais, o Thiago Feltri é muito fraco e o Gerson, improvisado, sabe muito pouco de lateral. Os dois não apoiaram, não fizeram à relação dois/um com os pontas e nem penetraram pelo meio, na diagonal.
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O Geninho, ao escalar os três atacantes, precisaria proteger mais a defesa e optou por escalar três volantes. O problema é realmente o material humano do Galo. Os volantes deveriam ter habilidades para chegar ao ataque e empurrar o meio campo do Cruzeiro, no entanto, não possuem essas habilidades.
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A opção então deveria ser soltar um pouco mais o Márcio Araújo e recuar um pouco o Marques para armar. Desta forma o Galo teria jogado melhor.
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O Adilson Batista usou, estrategicamente os atacantes, Guilherme e Moreno, bem lá na frente, para reter a defesa do Galo no seu campo, e liberou o Ramires para penetrar como elemento surpresa, vindo de trás, recebendo os lançamentos do Wagner. Também mudou o posicionamento do Wagner frente ao jogo anterior quando atuou bem lá na esquerda. Desta vez ficou mais atrás para receber a bola com tabelas no seu campo, estaria assim livre da marcação do Xaves que o pegaria somente após o meio campo.
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As substituições foram corretas com a entrada do Jonathan na esquerda (deslocando o Paraná para direita), pois é melhor marcador e naquele momento, o interessante seria manter o placar elástico. A entrada do Leandro Domingues, se foi pelo cansaço do Moreno, tudo bem, no entanto, a troca deveria ter sido pelo Wagner ou pelo Guilherme, claro, se o atacante não tivesse pedido para sair, o que ainda não sei. O Fabrício entrou para obter ritmo de jogo.
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A única opção que o Geninho teria para equilibrar o clássico seria o recuo do time para o seu próprio campo, com todos os jogadores antes da linha divisória do gramado. O Galo, compactaria a relação defesa, meio campo e ataque. Com a velocidade dos dois pontas, somados à disposição do jovem atacante Renan, teria mais condições de armarem jogadas rápidas e levarem vantagens sobre a defensiva azul. Nesta formação tática pegaria a defesa do Cruzeiro bem à frente, quase na linha divisória, e assim, com velocidade dos seus atacantes, poderia batê-los.
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Não bastasse a falta de opções, o Geninho ainda trocou, três vezes, "seis por meia dúzia". Explico: trocou o Feltri pelo Agustín Viana e depois, o Renan pelo Gerson, deslocando o Márcio Araújo para lateral direita e o fraco Nicácio pelo Renan Oliveira. O comportamento do time é que deveria ser alterado, como disse. Esperar o Cruzeiro e ganhar em velocidade usando as armas que tem. Os seus velozes pontas.
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Acho que seria a única alternativa para escapar da marcação criada pelo Adilson e do desnível técnico das duas equipes.
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Desta vez o Adilson não foi um sábio, pois não aprendeu com os erros dos outros, mas foi inteligente ao aprender com os seus próprios erros e venceu o duelo das táticas.



































terça-feira, 22 de abril de 2008

Atlético e Cruzeiro. Qual será a disposição tática das duas equipes?































































Caro Leitor,

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No próximo domingo, 27.04.2008, no confronto dos rivais mineiros, quais serão as disposições táticas?





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Bem, o Atlético Mineiro de Geninho, bastante receoso no último confronto, estava com o time supostamente inferior ao rival. Ensaiou várias formações durante a semana para enganar a imprensa e confundir o Cruzeiro. Entraram em campo com uma armação bem defensiva, quatro zagueiros, quatro meias defensivos (o Gerson fazendo a função de aproximação com ataque quando o time roubava a bola) e dois atacantes. O Xaves anulou o Wagner e o time jogou quase todo o tempo nas costas do ala Jadílson.
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Na avaliação do Geninho, ali estava o setor mais frágil do Cruzeiro. O Jadílson sobe quase todos os ataques e não marca bem. O Wagner não tem aptidão para marcar, apenas cerca a bola. Com quatro zagueiros próximos aos jogadores de meio-campo, a defesa ficou muito bem estruturada, e quando o Cruzeiro avançava com a bola, as marcações já estavam ensaiadas atrás da linha do meio campo no Ramires e Charles. O Marcos, talvez "propositadamente", logo no início do jogo, deu um carrinho certeiro no tornozelo do Guilherme para intimidar o garoto. Como o Cruzeiro não tem bons atacantes, e o Adilson demorou uma eternidade para notar os ataques direcionados sempre para o seu lado esquerdo, tomou uma lição de tática do rival.

O Geninho foi brilhante em suas estratégias.

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É nessas horas que os valores de um técnico como W.Luxemburgo e Muricy Ramalho se sobre saem. Pela larga experiência, eles trocam logo o jogador ou mudam rapidamente a sua armação. Aguardar o primeiro tempo terminar, já foi à época.

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No Cruzeiro, o Adilson aplicou a mesma tática que usou nos jogos fora de casa contra São Lorenzo e Caracas. Marcou no seu campo quando o Atlético estava com a posse de bola e atacou com os dois homens de frente (Moreno e Guilherme, depois substituido), com Ramires e Charles pelo meio e Jadílson e Wagner pela esquerda.
O Galo, como estava bem compacto no meio, era difícil de ser penetrado e com a concentração de jogadores no setor, sempre roubava a bola, e o endereço era certo: os pés do Danilinho nas costas do ala Jadílson.





A orientação era aproveitar as habilidades do atacante Danilo, driblar um ou dois e cruzar nos pés de quem vinha de trás. O Gerson e o Marinho e depois o Nicácio se posicionavam na área.





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Acho que o Geninho vai entrar com o mesmo esquema tático e praticamente o mesmo time. Poderá trocar apenas o Marinho pelo Renan Oliveira ou pelo Marques (o Souza é muito lento e acho que vai ficar no banco), pois o Cruzeiro não tem substituto para o Jadílson e o mesmo quando joga recuado, não marca bem. O Paraná na direita com o Charles, são melhores marcadores e o Geninho não vai concentrar muito no setor. Domingo o Atlético será bem mais perigoso no ataque com a entrada do Renan Oliveira ou do Marques, caso faça estas opções. A escalação do Marinho será um erro, pois o garoto Renan Oliveira, jogando todo o tempo, tem mais gás e mais tempo para fazer gols. No decorrer do jogo, caso esteja perdendo, deverá atuar com três atacantes.
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Em minha opinião deveriam entrar com três atacantes (Danilo, Renan Oliveira e Marques) e um meio campo de volantes, com Marques voltando um pouco mais para ligar o ataque.





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O Adilson se quiser ganhar o jogo, tem que anular o Danilinho, ou seja, perder um jogador de meio campo para não deixar que ele receba a bola durante todo o tempo. O mesmo se aplica ao Marques, se jogar. O simples recuo do Jadilson não vai adiantar.
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O correto seria também entrar com o Paraná ou Jonathan na direita e o Henrique colado no baixinho Danilo os noventa minutos. Caso o Marques também jogue, o lateral não deve subir. Sería mais interessante atacar com os dois de frente e com os habilidosos Ramires e Charles, ante os dois laterais.
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Em minha opinião, o Guilherme deveria ser sacado nesta partida em troca de uma boa composição de meio campo. A dinâmica deste jogo será de muita correria e vontade de ganhar,o Guilherme tem lampejos de bom jogador, mas durante o maior tempo da partida é lento e desinteressado. Seria então: quatro zagueiros, Paraná, Charles, ou Leandro Domigues (o Charles não está muito bem), Fabrício, Henrique(marcando o Danilinho) e Ramires, na frente, Wagner bem na esquerda, nas costas do do lateral direito (provavelmente o Gerson) e Moreno.
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Acho também que o Cruzeiro deveria marcar sobre pressão no campo do Atlético, o meio campo azul é mais habilidoso e pode roubar a bola chegando rápido ao gol do Galo. A defesa alve-negra não sai jogando bem e o zagueiro Marcos é lento e não tem lá, um bom passe.





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No super clássico uma coisa é certa, ganha quem conciliar mais: boa estratégia, obediência tática e vontade de ganhar.





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Vou arriscar um empate se o Adilson não jogar muito atrás.





Uma vitória do Atlético, se o Adilson jogar atrás e não marcar o Danilo, e uma vitória do Cruzeiro, se o Adilson marcar especialmente o Danilinho e o Marques( se este jogar), e ainda, marcando sobre pressão a defesa do Galo.



































sexta-feira, 18 de abril de 2008

O diretor de futebol é fundamental para corrigir desvios e deslizes da comissão técnica.























































































Leitor,






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No comentário de março, fiz um retrato dos trabalhos do Adilson Batista. fiquei surpreso com a percepção do técnico sobre as alternativas que tem no elenco, a disposição dos jogadores de acordo com as características, as contratações indicadas, a nova filosofia competitiva aplicada, enfim, a sua capacidade inicial frente ao rótulo de técnico pouco experiente para a grandeza do cruzeiro.






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Até o jogo contra o Ituiutaba, o técnico havia realizado algumas modestas adaptações sem necessidades e que foram toleradas, porém questionadas pela imprensa e torcida com desconfiança. Ninguém entendia o Marquinhos Paraná na lateral direita com Apodí e o Jonathan (já recuperado) titular da posição e no banco. A justificativa era o retorno de contusão do Jonathan e a falta de maturidade do Apodí. Até aí tudo bem.
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Depois o treinador testou o próprio Jonathan no meio campo. Um desastre abafado pelo tal retorno de contusão do jogador. Optou-se então pelo Sandro Manoel do juniores, especialista da posição e que se deu bem ali. Em um outro momento, quando não havia opções para lateral esquerda, tentou recuar o Wagner e este não aceitou. A adaptação novamente do Jonathan na esquerda foi a opção correta, tendo em vista as suas atribuições de lateral, já que não havia outra alternativa mais sensata. Caso o Wagner aceitasse a condição solicitada pelo técnico, incorreria em outro erro.






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Um técnico experiente notaria que as improvisações devem ser usadas em último caso. Quantos técnicos gostariam de ter três jogadores para cada posição como tem o Cruzeiro. Nem o Luxemburgo (professor de quase todos os técnicos emergentes do país), não inventa e sabe que ao escalar um jogador fora da posição está incorrendo em situações de jogo completamente inesperadas.






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O Adilson Batista trouxe bons jogadores (de sua confiança) e que jogam bem em suas posições de origem, no entanto, o Brasil não é o Japão e as adaptações aqui, com certeza, não são as mesma de lá. O futebol aqui é mais malicioso, mais profissional e tecnicamente infinitamente melhor.






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As armadilhas que o Adilson Batista não está enxergando.






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Ao priorizar os quatro jogadores indicados pelo técnico (ainda não estou incluindo o Bruno, meia atacante), sempre desprezando jogadores remanescente, como a escalação do Henrique na zaga ante o especialista Thiago Martinelli, a escalação do Marquinhos Paraná na lateral direita com Jonathan e Apodí no banco de reservas, o mesmo Paraná na lateral esquerda colocando o Jadílson no banco neste último jogo,a escalação do goleiro Andrey (e sua atuação desastrosa naquele jogo) sem o Titular Fábio estar com qualquer contusão. Tudo isso está criando uma indisposição oculta no elenco, que em breve, caso a mudança de postura não seja alterada, deverá levar o cargo do treinador a uma instabilidade, tendo como ponto fundamental, a falta de comprometimento dos demais jogadores do elenco com os objetivos de sucesso do técnico.
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O sentimento é de protecionismo aos jogadores indicados pelo Adilson. O ar de insatisfação já está presente no comportamento e declarações do jogador Jonathan e ainda não transparecido em outros tantos. Quando se usa improvisações com opções reais disponíveis (no caso do Henrique sobrepondo a escalação do Martinelli), confirma-se a preferência do treinador em preferir um jogador que trouxe em detrimento a um do grupo remascente.



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Além desses problemas, o treinador ainda tem que corrigir mais duas deficiências.
A primeira é ter ciência que tem um elenco de trinta jogadores de bom nível e que não pode se comportar como um time pequeno quando joga fora do seu estádio. Nos últimos jogos fora de casa, atuou com esse espírito. Marcar a saída de bola, adiantar o meio campo e não dar espaços, tomar a bola no meio e fica mais perto do gol para contra-atacar, são táticas de clubes que tem bons jogadores para a execução independente de jogar dentro ou fora de casa.
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O Adilson ainda não compreendeu que os valores individuais dos clubes que enfrenta são iguais ou até inferiores aos valores do seu elenco.






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A outra deficiência do técnico é fazer experiências em um ou dois treinamentos e levá-las para o jogo (como os três zagueiros, o Paraná na lateral esquerda, o Wagner recuado e somente o Marcelo Moreno na frente. Foi um convite ao Potosí para jogar todo o tempo pressionando). O time tem que ser o mesmo sempre, com conjunto e entrosamento, apenas as táticas e os sistemas são alterados como um 4,3,3 para um 3,5,2 ou um 4,4,2, troca-se um ou outro jogador da posição com características diferentes do tipo: tirar um meia e entrar com um outro atacante, ou os dois laterais e jogar com três zagueiro dois alas três meias e dois atacantes, etc.





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O diretor de futebol tem a obrigação de reunir com o técnico e apontar a suas deficiências. Por estar de fora e observando a imprensa, torcida, o trabalho do técnico e fatores que circulam o ambiente, ele deve tomar a iniciativa de mostrar ao técnico esses indicadores, discutir, combinar soluções e apoiar.
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Com um técnico não "muito experiente", ou até com os experientes, o diretor de futebol tem papel fundamental em fazer o enterface do ambiente externo e interno.
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Afinal, o desastre será muito maior para o clube e para torcida do que para o treinador.
































































































































































































sábado, 12 de abril de 2008

São Paulo F. Clube :Os experientes também nos assustam com atos inexperientes















Caro Leitor,
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É impossível não comentar o São Paulo em 2008. Em 2007 o único problema do time paulista era a dificuldade em fazer muitos gols, mas perfeitamente explicado pelo padrão tático de jogo adotado pelo Muricy Ramalho. O técnico armava o esquema com três zagueiros, dois volantes e dois alas, um meia de ligação com boa característica de marcação (Leandro) e dois atacantes. Também adotava quatro zagueiros em alguns jogos. Era uma time bastante equilibrado, porém com mais força na defesa do que no ataque.
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Em 2008, a experiente diretoria do São Paulo, ao invés de seguir o ritimo vitorioso do ano passado, cuja reposição no elenco era com jogadores novos, bem selecionados, loucos por projeção nacional e internacional e que se despontavam em clubes menores como: Hernandes, Borges, Dagoberto e outros, resolveu alterar completamente o seu planejamento.
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Com o objetivo implícito de levar vantagens, pagando pouco para ter no seu elenco jogadores de nível. O São Paulo acha que dentro da sua esplêndida estrutura, tem um departamento psíquico e uma vacina que resolve todos os problemas dos jogadores problemáticos que contratou, e o seu técnico usufruirá somente do grande futebol desses atletas, ficando as suas iras, incapacidades de conviver em equipe, postura dos deuses, exercícios da prepotência, capacidade de destratar e desdenhar, em repouso no departamento psíquico do clube.
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Adriano (não se relaciona bem com o grupo e tenta se desvencilhar de vícios extra-campo, também tem a marcação cerrada da imprensa na vida particular), José Luiz (bastante genioso,tecnicamente não é um bom jogador), Carlos Alberto (com a sua prepotência) e Fábio Santos (indiciplinado de carteirinha). O trabalho é muito complexo, pois além de ter que resolver e administrar os quatro jogadores, os mesmos, por suas atitudes, criam novos problemas para o restante do elenco (ciúmes por protecionismo, desníveis salariais, desafetos no grupo), com tudo isto o técnico não vai conseguir dar ao time um padrão de jogo competitivo na temporada.
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De todos esses jogadores, o São Paulo deveria ter ficando apenas com o Adriano considerando o custo e beneficio, ou seja, os gols e as vitórias proporcionadas pelo atacante são superiores aos problemas que o mesmo leva ao grupo. A regra não se aplica as outras contratações citadas acima e multiplica os problemas. Nos próximos episódios, o Carlos Alberto não vai aceitar ficar no banco de reservas, o Fábio Santos vai pedir desculpas pelo que fez com os seus colegas e alguns dias depois vai fazer novamente, e assim vai!
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Caso a diretoria do clube não tome uma decisão sensata, o São Paulo não terá um bom ano na libertadores e no brasileiro, mesmo com o excelente elenco que tem. Poderá ganhar o campeonato regional, o que não acredito, pois tem pela frente o bom conjunto do Palmeiras de Luxemburgo.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Os acessórios do futebol nunca serão valorizados?







Leitor,
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As dimensões do campo de jogo, o gramado, as redes do gol e a forma de fixá-las nas traves, a capacidade dos "estádios", as arquibancadas "cobertas", as instalações internas, os estacionamentos.
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Apesar da grande exportação de jogadores, e até mesmo com idade juvenil, mesmo assim, o futebol no Brasil mobiliza uma nação apaixonada pelo esporte renovada a cada ano com muitos outros nomes tais como: Kleber Pereira, Thiago Neves, Ramires, Hernandes, Richarlyson e muitos outros.
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Também como amante do futebol, sempre vou ao estádio ver os jogos e estamos sim, conformados com os jogadores que aqui estão, até porque, sabemos que é impossível qualquer projeto ou promessas de segurar jogadores que brilham a cada ano.
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Como sou um privilegiado por morar na região metropolitana de Belo Horizonte, sempre vou ao Mineirão. Apesar de cinquentão, é um grande estádio e oferece o conforto necessário que um torcedor precisa para assistir o seu clube jogar.



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O que ainda não consigo entender, é como os estádios da cidade de São Paulo, principalmente, e de outras dezenas de estados, não possuírem coberturas anti-chuva.



Com toda a minha predisposição, jamais iria a um jogo, seja ele qual for, se pressentisse um mínimo sinal ou anúncio de chuva. É um absurdo assistir qualquer jogo, inclusive de copa do mundo, na chuva.



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Também não entendo como não conseguem melhorar a fixação do jogo de redes nas traves, do ainda, maravilhoso Maracanã e de tantos outros estádios pelo Brasil. A rede fica quase no bumbum do goleiro.



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O momento maior do futebol, um gol de craque, de classe, de longe, de bicicleta,de falta , um gol do Dodô (que só faz lindos gols), é "embaçado" pelas redes ridículas do Maracanã. Alguém precisa ter bom senso, visão ou percepção para notar ou copiar a fixação das redes do Camp Nou, do novo Wembley Stadium ou até mesmo do Mineirão. A CBF, clubes e dirigentes deveriam ter um mínimo de lucidez para entender que o gol é o momento maior do espetáculo e deve ter todos os detalhes voltados para o seu esplendor. Um gol no Camp Nou, a bola leva a rede consigo, estufa os barbantes, desce bem lá atrás do gol e morre no seu final, lá no fundo!!..... No Maracanã a bola ultrapassa uns 80 cm da linha do gol e morre rente as costas do goleiro. Não tem glamour.



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Os estádios estão prejudicando cada vez mais os espetáculos. É preciso perder agora para ganhar adiante, é preciso colocar condições mínimas para que um clube possa receber pessoas de forma profissional. É preciso impor condições e marcar datas como fez a CBF, quando transformou o campeonato brasileiro. Estabeleceu o ano em que seria de pontos corridos, no primeiro ano caíram dois e subiram dois, mais à frente caíram quatro e subiram quatro. Tudo programado.
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É necessário, em primeiro lugar, levar a nível nacional a proibição de bebidas e disciplina das torcidas organizadas, em seguida, exigir pisos absolutamente nivelados e bem cuidados e capacidade mínima dos estádios para participar de campeonatos estaduais e nacionais, estipulando datas para sua concretização. Depois, marcando datas para um padrão mínimo de conforto do torcedor, como: assentos, instalações de apoio, banheiros, assistência médica, policial, estacionamentos etc. O estatuto do torcedor não pode ficar no arquivo.
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O País precisa iniciar um programa de aceleração e progressão do futebol fora das quatro linhas. Os clubes, com certeza vão buscar parcerias para atender, e aqueles que não conseguirem não devem participar, mesmo que sejam muitos. No futuro tudo volta ao normal e eles vão se adaptar. É preciso incentivar com benefícios fiscais através do Ministério dos Esportes e também na cota dos clubes quando das negociações de patrocínios e repasses.



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Enquanto isso não acontece, continuo indo apenas ao Mineirão, e mesmo sendo apaixonado por futebol, não irei jamais ao esplêndido Morumbi (como chamam os dirigentes do São Paulo F. Clube), sentindo um mínimo de possibilidade de chuva, afinal, sou apaixonado por futebol, mas não sou trouxa.